terça-feira, 18 de maio de 2010

Grafitte: uma arte de expressão

Esse texto foi feito pra fazer parte de um artigo científico acadêmico produzido por mim e meus colegas para a avaliação da disciplina Cultura, Comunicação e Cidadania do curso de Publicidade e Propaganda da Unama (Universidade da Amazônia). Todos os direitos reservados. (As imagens não são minhas)

Por trás do Grafitti que hoje conhecemos como uma arte urbana e globalizada há uma densa história que começa na Pré-história e vai até o século XXI. Nesse artigo iremos apresentar o Grafitti através da sua evolução e hibridização com foco na cidade de Belém do Pará.
O Grafitti, palavra originada do latim com o significado de desenhar ou escrever na parede, já existia na época dos homens das cavernas na Pré-história quando os humanos começaram a desenhar acontecimentos do seu dia-a-dia nas paredes das cavernas com pedras ou carvão desenvolvendo também através dos desenhos a leitura de símbolos. Nessa época o Grafitte ainda não era considerado uma arte, mas sim uma forma de arquivar os acontecimentos que eram vividos por eles.
Sabe-se hoje que o Grafitti já era praticado na Roma antiga e que através do Grafitti os egípcios, os hititas e os maias desenvolveram os seus hieróglifos que posteriormente geraria a escrita.
A partir no século XX, mais especificamente em meados dos anos 60 o Grafitti que hoje conhecemos começou a se formar. No ano de 1968 na França no histórico movimento estudantil, os parisienses começam a usar a pichação como forma de protesto o que inspiraria anos mais tarde os protestos contra a ditadura no Brasil, como na clássica foto de um jovem pichando no prédio da Câmara municipal do Rio de Janeiro a frase “Abaixo a ditadura” e movimentos hippies dos EUA contra a guerra no Vietnam com as frase “Make love, not war”.
Nos anos 70 nos EUA a pichação começa a ganhar cores e formas diferentes. Os metrôs de Nova York apareciam com várias letras com formatos estranhos e coloridos através de tintas em spray usadas por gangues para delimitar os seus espaços. O grafitte começou a fazer parte da cultura negra estadunidense e aos poucos dessa união surgiriam os 4 elementos do Hip Hop: Grafitte, DJ, MC e B’boys.
A partir disso, grandes artistas modernos começaram a direcionar um olhar diferente para o Grafitte, não era mais como uma degradação das cidades mais sim uma arte urbana. Na Europa e nos EUA o Grafitte ganha conceitos e passa a ser estudado com uma arte e no Brasil esses conceitos e estudos começam a se popularizar a partir dos anos 80, principalmente da cidade de São Paulo, onde hoje é o pólo do Grafitte no Brasil.
A partir dos estudos já realizados podemos perceber que todos nós temos um pouco de “grafitteiro”, pois, se expressar através de desenhos é uma necessidade humana. Pode-se observar pelo ato de que as crianças de até 7 anos de idade quererem sempre desenhar e escrever coisas que acontecem no seu dia-a-dia ou coisas da sua imaginação, nas paredes. O ser humano necessita expressar a sua história, não foi á toa que os desenhos rupestres foram feitos. O grafitti é uma das manifestações humanas mais antigas que existem, mas infelizmente com o pouco conhecimento que muitas pessoas ainda tem sobre o tal assunto discriminam uma arte tão próxima de nós: seja na ruas, em estudos e pesquisas ou instintivamente. 

Olha aí em baixo um pouco mais de Grafitte:









That's it!




  
  


Um comentário:

Camila disse...

Amei o post. Tbm já fiz um trabalho sobre isso. É um assunto muito legal de se trabalhar. :)
Ainda bem que cada dia que passa essa arte cresce no Brasil. Espero que cresça cada vez mais.